segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ácidos Clorogênicos


Diversos estudos científicos comprovam a ação anti-oxidante e a ação inibitória na absorção de glicose dos ácidos clorogênicos como:
“Os compostos antioxidantes protegem os sistemas biológicos contra os efeitos maléficos de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio derivados do metabolismo normal ou de origem externa que podem danificar vários tipos de macromoléculas celulares como lipídios, proteínas e DNA.”

“Entre os compostos vegetais com atividade antioxidante, destacam-se os polifenóis. A principal classe de compostos fenólicos é representada por ácidos hidroxicinâmicos, encontrados em quase todas as plantas, sendo o principal representante o ácido cafeico, que ocorre, em muitos alimentos, esterificado ao ácido quínico, sendo chamado de ácido clorogênico." 



"O ACG é encontrado em uma gama de alimentos de origem vegetal. O café é uma das principais fontes de ACG na dieta humana e uma xícara da bebida  (200 mL) pode conter cerca de 20-675 mg, dependendo da espécie de café e das condições de processamento. Já a batata inglesa pode fornecer de 50-120 mg de ACG por 100 g de matéria seca. A maçã é um dos frutos mais estudados, podendo conter de 6,2-38,5 mg % de ACQ, enquanto o tomate contém em torno de 1-8mg %.

MARIA, B.C.A.; MOREIRA, A.F.R. MÉTODOS PARA ANÁLISE DE ÁCIDO CLOROGÊNICO. de Janeiro - RJ Quim. Nova, Vol. 27, No. 4, 586-592, 2004.

“Por possuir substâncias bioativas, o café, também, apresenta atividade antioxidante. A atividade antioxidante da bebida do café resulta, principalmente, da presença de cafeína, trigonelina, ácido cafeico e de compostos polifenóicos, cujos principais representantes são os ácidos clorogênicos (ACG). Os ácidos clorogênicos figuram entre os principais constituintes fenólicos responsáveis pela ação antioxidativa dos cafés.”
MARTINS, Pamela. ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE CAFÉS (COFFEEA ARABICA) DO CERRADO E DO SUL DE MINAS GERAIS. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG.
LIMA e colaboradores (2010), onde, se apresentam os resultados obtidos de teores médios de cafeína e ácido clorogênico em amostras de café cru (verde) e torrado. Onde o teor de ácidos clorogênicos foi muito maior em amostras de café verde.
“A torração levou a perdas de 92% nos níveis de ACG, fato que está de acordo com os valores descritos por Fujioka e colaboradores, que analisaram cafés comercias integral e descafeinado e verificaram após a torração uma perda de até 93% dos níveis de ACG.”
Portanto, o café verde possui maiores quantidades significativas de ácidos clorogênicos e teores de cafeína muito próximos ao café torrado, devido a cafeína ser ser termoestável.
LIMA, R. Adriene. PEREIRA, A. F. G. Rosemary. ABRAHÃO, A. Sheila. COMPOSTOS BIOATIVOS DO CAFÉ: ATIVIDADE ANTIOXIDANTE IN VITRO DO CAFÉ VERDE E TORRADO ANTES E APÓS A DESCAFEINAÇÃO. Departamento de Ciência dos Alimentos, Universidade Federal de Lavras, 37200-000 Lavras - MG, Brasil. Quim. Nova, Vol. 33, No. 1, 20-24, 2010
  
Segundo Cardoso e colaboradores (2010) “os alimentos termogênicos são aqueles que apresentam um maior nível de dificuldade em ser digeridos pelo organismo, fazendo com que esse consuma maior quantidade de energia e caloria para realizar a digestão. Todos os alimentos gastam energia para serem digeridos, ou seja, têm a capacidade de aumentar a temperatura corporal e acelerar o  metabolismo, aumentando a queima de gordura, porém existem alguns que
se destacam mais que os outros, pois induzem o metabolismo a trabalhar com ritmo acelerado, gastando assim, mais calorias, sendo estes classificados como
termogênicos.”
BELINATI, D. Karen. EFEITOS DO ÁCIDO CLOROGÊNICO SOBRE FUNÇÕES DE NEUTRÓFILOS (estudos in vitro). Universidade de São Paulo, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, São Paulo, 2010.

Segundo MONTEIRO e claboradores (2005) os ácidos clorogênicos atuam na “indução da diminuição dos níveis sanguíneos de glicose, por meio da inibição da enzima glicose-6-fosfatase.” Pela inibição desta enzima, a concentração de açúcar no sangue baixa, 

prevenindo a acumulação subsequente 

de gordura.

MONTEIRO, Mariana Costa; TRUGO, Luiz Carlos. Determinação de compostos bioativos em amostras comerciais de café torrado. Quím. Nova,  São Paulo,  v. 28,  n. 4, Aug.  2005.

Segundo PARK e colaboradores (2010), este estudo foi realizado para examinar o efeito da dieta de feijão de café verde extrato sobre a redução da gordura corporal. Foram medidos parâmetros antropométricos, distribuição da gordura abdominal pela tomografia computadorizada e de componentes sanguíneos antes e após o período de intervenção de 8 semanas. Após a suplementação, café, feijão verde extrato grupo mostrou uma redução significativa do peso. O resultado do presente estudo demonstraram que a suplementação de grão de café verde extrato por 8 semanas podem dar efeitos benéficos na redução da gordura corporal e acúmulo de gordura visceral

PARK, Y. Ju; KIM, Y. Ji; LEE, P. Sung; LEE, H. Jong; The Effect of Green Coffee Bean Extract Supplementation on Body Fat Reduction in Overweight/Obese Women. Department of Food and Nutrition, Yonsei University, Seoul 120-749, Korea. 2010.

FARAH e colaboradores (2008) comprovam a absorção dos ácidos clorogênicos pelo organismo humano. “Os Resultados deste estudo mostram que os principais compostos CGA presentes no café verde são altamente absorvido e metabolizado em humanos”
Farah A, Monteiro M, Donangelo CM, Lafay S.Chlorogenic acids from green coffee extract are highly bioavailable in humans. Departamento de Bioquímica, Laboratório de Bioquímica Nutricional e de Alimentos, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ilha do Fundão, RJ, Brazil, 2008.

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